jueves, 4 de julio de 2013

PROJECTO DE INVESTIGACIÓN - MAESTRIA USAL 2013



UNIVERSIDADE DEL SALVADOR
PROJETO DE PESQUISA APROVADO
ORIENTADOR: DR. LUIS M. ETCHEVERRY

MUDANÇAS DIDÁTICO-PEDAGÓGICAS EJA/BAHIA – 2009-2013
A Educação de Jovens e Adultos (EJA) esteve sempre presente em debates sobre a Educação no Brasil, devido a diversas questões que a envolvem: legislação, financiamento, descentralização e parcerias, alcance de matrículas e permanências, perspectivas didático-metodológicas, formação de professores, etc.
Na contemporaneidade, diversos estudos estão sendo constituídos tendo em foco a busca de estratégias para saldar a dívida social com este público através de diversas políticas públicas, destinadas a oferecer uma segunda oportunidade de escolarização àqueles que não puderam frequentar a escola num tempo apropriado; buscando-se caracterizar e conhecer este público, suas dificuldades e perspectivas para uma melhor adequação do ensino-aprendizagem dos mesmos.
Inserido neste contexto, na Bahia, o Projeto Educaçãode Jovens e Adultos - Educação ao Longo da Vida do ano de 2009 foi identificado como vetor direcionador da Educação de Jovens e Adultos nas Escolas Públicas após o período caracterizado como Aceleração, estabelecendo reformas na proposta educacional estatal, tendo como base didatico-metodológica a teoria de Freire e de Vygotsky.
Nossa investigação tem como objeto de estudo a descrição das mudanças didático-pedagógicas que foram implantadas a partir da execução deste projeto nas escolas; mais especificamente na cidade de Salvador, dando vozes aos professores, sujeitos ativos na dinâmica deste processo, na busca da compreensão teórica e empírica da metodologia utilizada na EJA; bem como caracterizar as especificidades desta modalidade de ensino e contextualizar o Projeto EJA- Educação ao Longo da Vida no cenário educacional nacional brasileiro e suas adequações a nível local.
O principal motivo de investigar o tema proposto tem sua origem na experiência que temos com a docência deste publico na rede pública estadual; por ser um tema bastante desafiador e oportuno no contexto atual em que estamos vivendo, dado a carência de produção científica neste campo especifico, notadamente no âmbito do Estado da Bahia, e considerando também que a Educação Brasileira vem passando por diversas reformulações que incidem sobre este publico.
Dado o recorte, objetivamos responder ao questionamento: Quais tem sido as mudanças das práticas didático-pedagógicas a partir da implantação do Projeto Educação de Jovens e Adultos - Educação ao Longo da Vida  nas Escolas Públicas Estaduais no período de 2009-2013 na cidade de Salvador?
MARCO TEORICO
Para o marco teórico, buscamos identificar conceitos inseridos no Método de Ensino Paulo Freire e da Metodologia Didático-Pedagogica Construtivista.

O autor Paulo Freire possue diversas publicações com o tema Educação Jovens e Adultos e como ele mesmo afirmou que livro após livro veio reafirmando e amadurecendo conceitos mencionados nos anteriores[1]; elegemos sua última obra publicada: Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa, com o objetivo de identificar conceitos que julgamos relevantes para desenvolvimento do nosso objeto de investigação: Dialogicidade, Educação Bancária, Conscientização e Autonomia.
Partindo do pressuposto que não há docência sem discência, a dialogicidade considera que o ensino não depende exclusivamente do professor, assim como aprendizagem não é algo apenas do aluno, as duas atividades se explicam e se complementam; os participantes são sujeitos e não objetos um do outro - quem ensina ‘aprende o ensinar’, e quem aprende ‘ensina o aprender’.
Complementando a idéia anterior, o autor contrapõe-se ao que identificou como Educação bancária, afirmando: “ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção”. O aprender é mais rico do que meramente repetir a lição dada; é uma aventura para construir, reconstruir, comparar, avaliar, valorar, decidir, sonhar, romper. O educador progressita concebe a sala de aula num espaço de reafirmação, negação, criação, resolução de saberes, incitando no educando a curiosidade espistemológica, buscando sua aproximação dos objetos cognosciveis, tornando-os criadores, investigadores, inquietos, persistentes; que os transformarão em reias sujeitos da construção e da reconstrução do saber  ensinado. Faz-se também mister que o educador busque meios[2] para associar aos conteúdos seriados à realidade dos seus educandos, respeitando os saberes que estes já trazem consigo de uma formação comunitária, familiar, profissional; estabelecendo uma prática educativa através da intimidade entre os saberes curriculares fundamentais aos alunos e a experiência social que eles têm como indivíduos.
A partir desta concepção de ensino o docente contribuirá para a conscientização e autonomia do discente, fazendo-o compreender e apreender a realidade sócio-cultural que envolve suas vidas, e quanto à sua capacidade para transformá-la. Estabelece-se uma relação dialética entre ação e reflexão:  a capacidade de aprender, não apenas para adaptar os educandos, mas para desenvolver seus pensamentos, transformar  e intervir na realidade, recriando-a. Diferenciando nossa educabilidade a um nível distinto do nível do adestramento dos outros animais ou do cultivo das plantas; centrada em experiências estimuladoras da decisão e responsabilidade; partindo da premissa que nossa presença no mundo não é a de quem nele se adapta mas a de quem nele se insere, diferenciando “o que está condicionado, mas não determinado”, numa posição de quem luta para não ser apenas objeto, mas sujeito também da História.
Sobre Construtivismo teremos como base o autor Lev Semionovich Vygotsky, e da sua extensa obra elegemos também alguns pontos que julgamos necessários para o desenvolvimento e compreensão da proposta tais como: a análise da educação inserida nos conceitos dos processos psicológicos superiores (PPS), a mediação e internalização, e a zona de desenvolvimento proximal.
O momento histórico vivido por Vygotsky, na Rússia pós-revolução contribuiu para definir a tarefa intelectual na tentativa de reunir num mesmo modelo explicativo, tanto os mecanismos cerebrais subjacentes ao funcionamento psicológico, como o desenvolvimento do indivíduo e da espécie humana, ao longo de um processo sócio-histórico. Essa teoria implica uma noção qualitativa, interdisciplinar e orientada para a projeção de desenvolvimento humano, cuja abordagem e objetivo utilizados são de extrema contemporaneidade, o que provavelmente explica o intenso interesse pelo seu trabalho, não apenas no Brasil, mas também em outros países.
Vygotsky (1998), afirma que o indivíduo possui duas linhas de desenvolvimento: o natural e o cultural. O natural que já é inerente ao ser humano e o cultural adquirido em sociedade com a família, amigos, escola. O ponto a ser estabelecido aqui é o tratamento específico dos processos de desenvolvimento então regulados na ontogênese que permite explicar a constituição dos processos psicológicos superiores (PPS) [3].
Citaremos um em específico: o jogo das práticas educativas e especialmente o Ensino de Jovens e Adultos, analisando os processos culturais – terreno concreto onde se desdobram as práticas escolares, proporcionando o impulso do desenvolvimento crescente dos PPS, através dos instrumentos de mediação, principalmente os sistemas semióticos.
Essses PPS são orientados através da mediação: processo de intervenção de um elemento intermediário numa relação entre estímulo-resposta, existindo a figura de um mediador.
As Funções Psicológicas Superiores apresentam uma estrutura tal, que entre o homem e o mundo real existem mediadores – ferramentas auxiliares da atividade humana: instrumentos e signos. Assim, os processos psicológicos superiores se formam a partir da participação dos sujeitos em atividades sociais, valendo-se de instrumentos e signos mediadores. Os instrumentos são externos, com a utilização de objetos para controle de processos da natureza (vasilhas, martelos); já os signos são internos, orientados para dentro dos indivíduos através da relação significado-significante - são representações mentais que substituem objetos do mundo real (desenhos, mapas, diagramas). [4]
Esses signos não se mantêm como marcas externas isoladas – são compartilhados pelo conjunto de membros de um grupo social, permitindo a comunicação entre indivíduos e a interação social. O principal signo destacado por Vygotsky é a linguagem: sistema de símbolos básicos de todos os grupos humanos, sendo que cada grupo terá uma maneira particular de ordenar o real.
Esse processo de desenvolvimento consiste na apropriação de objetos, saberes, normas e instrumentos, culturas em contexto de atividades socialmente definidos – família e escola. A educação por sua vez possui um papel inerente a este processo, que a partir da sua interiorização progressiva resulta num processo contingente.
É importante ressaltar que esse desenvolvimento internalizado da cultura não é passivo, mas de transferência. Segundo Vygotsky, ao longo do desenvolvimento, o indivíduo toma posse das formas de comportamento fornecidas pela cultura, num processo em que as atividades externadas e as funções interpessoais transformam-se em internas e intrapsicológicas.
A categoria central em que se basearam as análises das práticas educativas foi a Zona de Desenvolvimento Proximal – ZDP:
 “A distância entre o nível de desenvolvimento real determinado pela capacidade de resolver independentemente uns problemas - caminho que o indivíduo leva para percorrer no processo de amadurecimento que se tornarão funções consolidadas - e o nível de desenvolvimento potencial, determinada pela resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou em colaboração com outro companheiro mais capaz”.(Vygotsky, 1998, p.133).
A ZDP cria um traço essencial de aprendizagem encaminhando/despertando os processos evolutivos internos capazes de operar apenas quando o educando está em interação com as pessoas de seu meio em cooperação com algum semelhante. E estes uma vez internalizados, levam a autonomização do assistente (desenvolvimento real).
Faz-se necessário a criação de ambientes de aprendizagem, onde os estudantes procurem o significado, reflitam sobre suas dúvidas, participem de investigações. Seguindo, os métodos de ensino mais arraigados em salas de aulas tradicionais tem sido uma atividade mimética, um processo que envolve a repetição pelo estudante ou imitação das informações das informações recentemente apresentadas em relatórios, questionários, testes. Se os alunos podem ser treinados para repetir procedimentos específicos e pedaços de informações então eles são vistos como se tivessem aprendido.
Libertando os estudantes da tristeza dos currículos dirigidos para os fatos, permitindo-lhes enfocar idéias mais amplas; colocando nas mãos dos alunos o divertido poder de seguir trilhas de seus interesses, fazer conexões, reformular idéias e atingir conclusões excepcionais; dividindo com os estudantes a importante mensagem de que o mundo é um lugar complexo no qual as múltiplas perspectivas existem e a verdade é freqüentemente um resultado da interpretação.
ESTADO DEL ARTE
O elo entre as metodologias freireana e vygotskyana tem sido reconhecido como uma contribuição original no pensamento pedagógico universal, como afirma MARQUES (2006): entrelaçam-se na direção de educação cidadã, onde o princípio básico é o da educação como uma prática ético-política, caracterizando uma pedagogia dialético-dialógica de inspiração humanística e marxista.
Vargas(2013) complementa afirmando que esses autores concebem o ser humano como sujeito sociocultural interativo, criador de cultura, inconcluso e consciente de sua inconclusão, inserido num meio histórico e socialmenteconstruído por ele em conjunto com outros. Sujeito de reflexão e ação, de criação e de reconstrução, em constante processo de transformação na busca de tornar-se humano. Essas perspectivas levam a compreender os jovens e adultos analfabetos ou não-escolarizados como sujeitos históricos, sociais e culturais, dotados de conhecimentos e experiências acumulados ao longo da vida, que necessitam da intervenção de instituições culturais que desencadeiem o desenvolvimento de suas potencialidades. São, portanto, sujeitos capazes de construir conhecimento e aprendizado e não, objetos depositários de conhecimentos.

Partindo da perspectiva que a educação seja o processo através do qual o indivíduo toma a história em suas próprias mãos, a fim de mudar o rumo da mesma; o educador deve acreditar na sua capacidadedo educando de aprender, descobrir, criar soluções, desafiar, enfrentar, propor, escolher e assumir as conseqüências de sua escolha. (FUCK, 1994, p. 14 – 15 In ROCHA, Et Alli, 2002).
      
Mas isso não será viabilizado se continuarmos inseridos numa estrutura tradicional de ensino linear, conteudista, pragmático, positivista que tem acarretado desmotivação, desinteresse, desistências da clientela; há uma exigencia que o educador  apresente uma pratica educativa que venha ser mais mais dinâmica, reflexiva, significativa para a vida dos educandos para que se sintam mais atuantes e com seus saberes prévios valorizados. Como enfatiza ROCHA: o papel do educador é mediar a aprendizagem, priorizando, nesse processo, a bagagem de conhecimentos trazida por seus alunos, ajudando-os a transpor esse conhecimento para o conhecimento letrado. (ROCHA,Et Alli, 2002)
Contrapondo a metodologia tradicional, o “método” pedagógico de Paulo Freire é fundamentado na noção de que a educação deve se desenvolver através do intercâmbio entre as pessoas, não como um depositar do conhecimento feito por aquele que se coloca como detentor deste, e sim uma ação feita em conjunto, de forma solidária e amorosa. O que se descobre com o levantamento não são homens-objeto, nem é uma “realidade neutra”. São os pensamentos que possibilitam vislumbrar a forma como a realidade é compreendida pelo grupo, no imaginário das pessoas, servindo para tanto, como forma de desvelamento comum. (BRANDÃO, 1986: 27).[5]
O método freireano[6] é caracterizado pelo diálogo, que ocorre no encontro pedagógico entre professores e alunos, momento este que os coloca em igualdade como sujeitos que atuam construindo e reconstruindo o mundo, através da reflexão conjunta sobre a realidade em que vivem, e a partir disto, refletindo e atuando conjuntamente, passam a ir transformando-se em sujeitos construtores de sua história.

Os jovens e adultos como educandos possuem uma característica bastante específica: a grande maioria deles é especialmente receptiva a situaçãoes de aprendizagem – manisfestam encantamento com procediemntos, novos saberes, e vivências proporcionadas pela escola. Essa atitude de maravilhamento com o conhecimento é extremamente positiva e precisa ser cultivada e valorizada pelo professor porque representa a porta de entrada para executar o raciocionio lógico, reflexão, analise abstração e assim construir outro tipo de saber – o saber cientifico. Este público quer ver a aplicação imediata do que estão aprendendo e, ao mesmo tempo, precisam ser estimulados para resgatarem a sua auto-estima, pois sua "ignorância" lhes trará ansiedade, angústia e "complexo de inferioridade". Esses jovens e adultos são tão capazes como uma criança, exigindo somente mais técnica e metodologia eficientes para esse tipo de modalidade. (ROCHA,Et Alli, 2002).
Partilhando desta idéia dialógica da educacão, Vygotsky destacava que as relações interpessoais concretas com outros membros da sociedade cultural e a interação com elementos do ambiente fornecem matéria-prima para o desenvolvimento psicológico dos indivíduos. E mais do que isso a escolaridade privilegia o acesso ao domínio dos instrumentos e signos de mediação, permitindo o acesso às formas de conceitualização, e seu desenvolvimento no vetor de um crescente controle sobre as operações intelectuais. (BAQUEIRO, 1998).
As práticas escolares são importantes centros promotores de desenvolvimento através de atividades conjuntas intencionais: ligada aos fins ao que deve ser conquistado; e operacionais: aos meios como pode ser conquistado. O foco não está na transferência das habilidades dos que sabem mais para os que sabem menos no uso colaborativo das formas de mediação para criar, obter, comunicar sentido em ajudar aos alunos tomarem controle de sua própria aprendizagem. (MARQUES, 2006)
Nesse sentido as interações docente-aluno, o docente em suas intervenções fornece pistas, guiando, persuadindo e carregando estratégias dos sujeitos – facilitando e produzindo alguns efeitos cognitivos nos alunos imprimindo-lhes direção específica ao desenvolvimento. As intervenções tendem a apropriar-se das respostas dos alunos e ressignificá-las numa lógica discursiva diferente; abrindo possibilidades de pensar nas zonas de construção de conceitos científicos. A perspectiva da interação entre pares é também válida ao passo que as crianças alternam os papéis a indagar e responder, fornecer informação ou solicitá-la. A atenção deve estar voltada para os estudantes.
 Freqüentemente a informação que os professores transmitem para os estudantes é diretamente alinhada com a informação oferecida pelo livro-texto, oferecendo aos alunos apenas uma visão de assuntos complexos, um conjunto de verdades, onde o centro da comunicação e transmissão de conhecimento dispõe em sua maior parte do professor, onde questões propostas por alunos e interação entre os mesmo são atípicas. Os alunos trabalham num isolamento relativo e seu pensamento é desvalorizado, devendo apenas saber a resposta certa, estabelecendo a premissa de que existe um mundo fixo, que o estudante deve vir a conhecer. A construção do conhecimento não é valorizada, mas a capacidade de demonstrar domínios dos conhecimentos convencionalmente aceitos.
A postura construtivista tende então a organizar informações em torno de problemas concretos, perguntas e situações discrepantes, porque os alunos se engajam mais, quando os problemas e idéias são apresentados por inteiro para que eles possam então dividi-los, buscando fazer sentido. Os educadores devem convidar os alunos a experimentarem as riquezas do mundo, autorizá-los a formular suas questões e procurar suas próprias respostas. Valorizar o ponto de vista do aluno e tender a encorajar os estudantes na direção que eles possam apreciar a dúvida e participação. O ensino deve ser um tempo de curiosidades, exploração, indagação, encontrar informações, para resolver problemas reais. (MARQUES, 2006/ FONSECA 2011)

Dessa forma, “toda prática educativa tem como objetivo ir além de onde se está”. A educação deve provocar novas compreensões, novos desafios que levem à busca de novos conhecimentos. É um processo contínuo de compreensão do mundo e de suas relações com ele numa realidade em transformação, podendo tornar-se uma prática de liberdade  e uma prática mediada. Sendo assim, a educação deve se estruturar na relação com os outros, por meio do diálogo, pois pode constituir uma situação de aprendizado em que os sujeitos participam interativamente do processo de conhecer o mundo em que estão inseridos. É, portanto, na realidade vivenciada e na visão de mundo dos jovens e adultos que se encontra o conteúdo da educação. Desse modo, a prática pedagógica consiste numa investigação do pensar e na discussão das visões de mundo expressas nas diversas maneiras de relacionar-se com os outros e com os objetos de conhecimento. (VARGAS, 2013)

METODOLOGIA
A metodologia utilizada envolverá pesquisa bibliográfica, documental e de campo.
 Na pesquisa bibliográfica constará acerca do histórico de EJA no Brasil e da Bahia, o conhecimento teórico servirá como alicerce para a fundamentação de conceitos que envolvam a prática educativa de jovens e adultos. O desenvolvimento da pesquisa consiste na leitura de autores que desenvolveram pesquisas que perpassam a temática em estudo, a fim de embasar teoricamente toda a pesquisa. 
A pesquisa relacionada à EJA na Bahia será realizada na Secretaria Estadual de Educação, com analise dos documentos no acervo de sua biblioteca e fornecidos por técnicos de sua instituição, referentes ao período 2009-2013, com o objetivo de reconstruir a memória histórica do EJA : a implementação, a regularização e as reformas legais que ocorreram no estado e em específico em Salvador.
A pesquisa de campo constiturar-se-á na aplicação de questionarios junto a professores  e alunos dos cursos de EJA, tendo como referencias as escolas da rede estadual de ensino de Salvador, localizadas em bairros diferentes da cidade. A análise destes questionários possiblitará descrever as mudanças as quais pretendemos identificar.

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BAQUEIRO, Ricardo. Vygotsky e aprendizagem escolar. Porto Alegre: Editora Artes Médicas Sul, 1998.
BRANDAO, C. R. Educação Popular. 3ª ed. SP, Brasiliense, 1986.
FONSECA, Solange Gomes da. Educação de Jovens e Adultos (EJA): um olhar apetitoso nas práticas pedagógicas empregadas na sala de aula, 2011. Disponível em http://blogln.ning.com/profiles/blogs/educacao-de-jovens-e Acesso em 01/05/2013
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 43ª Edição, 2011.
GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José E. (Orgs). Educação de Jovens e Adultos: teoria, prática e proposta. São Paulo: Cortez: Instituto Paulo Freire, 2000 (Guia da Escola Cidadã, v. 5, p. 79-87).
_______________________________. Autonomia da Escola princípios e propostas, 6ª ed. Cortez Editora, 2004.


KOHL, Marta. Vygotsky, Aprendizagem e Desenvolvimento: um Processo Sócio-Histórico. São Paulo: Editora Mestres da Educação, 1991.
MARQUES, Luciana Pacheco & MARQUES, Carlos Alberto. Dialogando com Paulo Freire e Vygotsky sobre educação. Disponível em http://www.anped.org.br/reunioes/29ra/trabalhos/trabalho/GT13-1661--Int.pdf Acesso em: 02/01/2013.

RIBEIRO, Vera Masagão (Org.). Educação de jovens e adultos: novos leitores, novas leituras. Campinas: Mercado das Letras, 2002.
ROCHA, Halline Fialho da; KARL, Helena de Azevedo; VEIGA, Marise Schmidt; GUIMARÃES, Michele. As Práticas Educativas na Educação de Jovens e Adultos. Pedagogia em Foco. Petrópolis, 2002. Disponível em: <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/jovens01.html>. Acesso em: 02/01/2013.
VARGAS, Patricia Guimarães. Aprendizagem e desenvolvimento de jovens e adultos: novas práticas sociais, novos sentidos, 2013. Disponível em:
VEIGA, Ilma Passos Alencastro (org). Técnicas de Ensino: Por que não? Campinas: Editora Papirus, 1991.
VYGOTSKY, Lev S. A formação da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
_________________. Psicologia pedagógica. São Paulo: Martins Fontes, 2001.

SUEIRO, Aídce Siqueira Et Alli. A Educação de Jovens e Adultos no Ensino Noturno, 2010. Disponível em http://www.vitoria.es.gov.br/arquivos/20100218_ens_fund_dir_jov_adultos.pdf Acesso em: 
02/01/2013






[1] FREIRE, 2011, p.15
[2] Por isso o autor fundamenta a pesquisa como exigencia à prática docente que o levará à novas indagações,  novas buscas,  novas pesquisas. É preciso pesquisar para se conhecer o que ainda não se conhece e comunicar ou anunciar novidades.
[3] Funções psicológicas superiores por compreender os mecanismos psicológicos mais complexos que são típicos do ser humano e que envolvem o controle consciente do comportamento, ação intencional e a liberdade do indivíduo em relação características do momento e espaço presentes; a exemplo da possibilidade de pensar objetos ausentes, imaginar eventos não vividos, planejar ações a serem realizadas intencionalmente.

[4] Exemplo de imaginar um gato encima da poltrona numa casa – essa operação não consistiu uma relação direta com o mundo real – relação intermediada por signos internalizados.

[5] Idéia também compartilhada por Marques(2006) , Sueiro Et Alli (2010 ), Fonseca (2011).

[6] A rigor não se poderia falar em “método” Paulo Freire pois se trata muito mais de uma teoria do conhecimento e de uma filosofia da educação do que de um método de ensino. Apesar de tudo, Paulo Freire acabou sendo conhecido pelo método de alfabetização de adultos que leva seu nome, chame-se a esse método sistema, filosofia ou teoria do conhecimento. (GADOTTI, 2000: 32).

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